Aprendi a lição mas aparentemente, estamos prestes a ver um novo movimento coletivo de esquecimento com o iPhone 3G.
Uma matéria da jornalista Camila Fusco na revista Exame estima que o iPhone vai custar mil reais para quem assinar um plano de 600 reais mensais com a Vivo. Quem quiser pagar 65 reais por mês terá que desembolsar 2000 reais. Mais ou menos o que custa um iPhone desbloqueado no Mercado Livre.
Pelo dólar mais alto de hoje, quinta-feira, o iPhone vai custar, para os planos mais baratos, 1000 dólares. Nos Estados Unidos, o iPhone custa 199 ou 299 dólares, de acordo com a memória (8 ou 16 GB). Para os brasileiros, a conta sairá, portanto, quase cinco vezes mais cara. Não dá para imaginar que multidões possam assinar planos mensais de 600 reais, certo?
Bem, a Apple e as operadoras têm todo o direito de cobrar o que quiserem, tanto pelo iPhone quanto por seus planos. Elas têm uma jóia rara nas mãos, que os competidores não conseguem imitar à altura, e os impostos altíssimos de importação do Brasil para culpar.
E verdade seja dita: bons smartphones desbloqueados custam até mais do que isso – é o caso do Nokia N95 8GB, por exemplo, e de alguns aparelhos da HTC. Mas esses modelos custam esse dinheiro todo desbloqueados – sem compromisso algum com planos de operadoras.
Cobrar caro e manter o consumidor amarrado a um plano torna a proposta do iPhone menos atraente, quando se pensa racionalmente no assunto. Mas que haverá quem pague, haverá. Early adopters não se contêm diante do objeto desejado. E quem nunca escorregou nessa área que atire a primeira pedra.
De qualquer forma, 1000 dólares são mil dólares. Há aí uma oportunidade no ar, para operadoras que queiram ganhar mercado rapidamente. A recompensa de atuar com preços mais baixos para atrair a classe média poderá ser imensa - e imediata. Ou a Apple vai tabelar os preços dos planos das operadoras?
Jeff você já foi maluco mesmo!
ResponderExcluir