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quarta-feira, 23 de abril de 2008

10 Frases de um REPOLHO: será que você é mais um?

Coisas que a garotada anda falando por aí, e que fazem, de cada um deles, uma verdura em potencial.

1. "ESTUDAR HISTÓRIA PRA QUÊ?"
É só isso que eles questionam na vida. Disciplinas como História, Filosofia e Literatura, as humanidades enfim, não fazem a cabeça dos jovens "repolhos". Dá a impressão que eles se bastam em sua ignorância.

2. "CHAPLIN? É MUITO CHATO!" (*)
É, eles acham chato tudo que é patrimônio cultural da humanidade. Deviam ser amarrados na cadeira, forçados a ver obras-primas.

3. "POLÍTICA E RELIGIÃO NÃO SE DISCUTEM"
Frase que os "repolhos" repetem pois não sabem nada, não se informam. Como então discutir alguma coisa?

4. "LER DÁ UMA DOR DE CABEÇA..."
Sim, pois a dita cuja está enferrujada. Porque esses vegetais não lêem livros, jornais e revistas, e aí ficam todos travados. (**)

5. SÓ NO BRASIL MESMO!"
Bordão que os "repolhos" levarão para a vida adulta se não se interessarem em conhecer melhor o que acontece pelo mundo.

6. "NÃO OUÇO BEATLES NEM LED ZEPPELIN. NÃO SÃO DO MEU TEMPO."
Nem Beatles, nem Tom (Jobim), nem Mutantes, nem (Johann Sebastian) Bach (***). Nenhum clássico é do tempo de um "repolho" que só ouve bodegas na TV.

7. "PAPO INTELECTUAL ME DEIXA IRRITADO"
Claro, afinal de contas, pensar, refletir, criticar e questionar deve machucar demais essas cabecinhas de verdura.

8. "OOOOI, TEM ALGUÉM NA SALA?"
Melhor frase deles na Internet. Daí em diante é gatinho pra cá e "como você é" pra lá (****), numa grande rede de repolhagem virtual.

9. "QUE CORPO SARADO!"
Ninguém diz que um amigo ou amiga tem uma "cabeça sarada". Só corpo vale. Não percebem que as mentes estão doentes.

10. "NUM SEI..."
O professor pergunta: "Entendeu?". O aluno balança a cabeça e diz: "Entendi". O mestre prossegue: "Explica!". O "repolho" não consegue.


RETRATO DE UM "REPOLHO"

1. São altamente temperamentais. Não raro, gostam de ficar irritadinhos, porque acham que com isso a adrenalina está em alta e eles se sentem temidos por outras pessoas.

2. Têm um ritmo frenético de vida, daí o gosto por uma cultura descartável que eles julgam permanente, em detrimento de uma cultura permanente que eles odeiam e julgam descartável. Com isso, perdem a noção exata do tempo. Um ano para eles é como se fosse um milênio. Se Daniella Cicarelli sumir da mídia durante uma semana, eles pensam que ela caiu em ostracismo (mesmo sem saber o significado da palavra).

3. São reacionários, e por trás do visual altamente arrojado, cheio de tatuagens, piercings, visual "maluco" e uma linguagem altamente coloquial que eles usam até quando são entrevistados para emprego, possuem ideais conservadores. São apenas adeptos da libertinagem sexual, mas fora isso, atacam a esquerda, que eles julgam "inoperante", atacam a geração dos anos 60 e 70 (que é a de seus pais ou avós), porque se "desperdiçou em causas inúteis", e só curtem hardcore quando sua temática se reduzir a carinhas legais e garotas gostosas (tipo a música do CPM 22). Não vamos nos esquecer que eles são protegidos pela pouca idade. Hoje eles dizem defender a "justiça social" e a "rebeldia juvenil", mas quando completarem 40 anos, eles ocuparão cargos de liderança e irão reprimir protestos estudantis com tropas de choque.

4. O tipo de música que eles ouvem é o menos melódico possível e o mais catártico impossível. O nível de variação dos ídolos entre esses jovens é pequeno: Charlie Brown Jr., Britney Spears, CPM 22, Backstreet Boys, 50 Cent, Linkin Park, Zezé Di Camargo & Luciano, Sandy & Júnior, Chiclete Com Banana, Rapazolla, DJ Marlboro, Marilyn Manson, Limp Biskit, Eminen. Se esses ídolos, todavia, saírem da mídia, eles serão logo esquecidos pelos mesmos "repolhos", tal como ocorreu com o "eterno" e "inabalável" Guns N'Roses, que até pouco tempo integrava a galeria dos "inatacáveis" citada neste parágrafo.

5. Arrogantes, chamam qualquer um que discordar de seus pontos de vista de "imbecil". Não sabem, e não querem saber, que os imbecis são eles mesmos.

6. Seu perfil é exatamente o perfil de playboys, mauricinhos, patricinhas e outros tipos "folclóricos" atuais. Mas vai uma pessoa racional usar um adjetivo para defini-los e eles vão reagir com um e-mail antipático - que, se depender da alta adrenalina do remetente, pode vir com um vírus de presente para o computador do destinatário - dizendo que eles odeiam os estereótipos que eles mesmos representam. Neste sentido, Gabriel O Pensador não foi muito feliz em "Retrato de um playboy". A principal característica de um playboy é não se assumir como tal e atacar os playboys de outra freguesia. Neste sentido, Chorão do Charlie Brown Jr. é um verdadeiro retrato de um playboy.

7. Gostam de programas de tevê e rádio caracterizados pela "irreverência". "Pânico da Pan", "Do Balacobaco", "Hora dos Perdidos", "Rock Bola" e "Estádio 97" são alguns de seus preferidos. Odeiam rádio segmentado, embora finjam gostar. Não ouvem rádio AM e pouco se lixam de sua crise. Dizem que a TV aberta está ruim, mas dão apoio a ela (em especial Faustão, Luciano Huck, e os "gurus" do Pânico na TV, o mesmo 'Pânico da Pan' do rádio). Emissoras de rádio prediletas: 89 FM (São Paulo), Jovem Pan 2 Sat, Rede Transamérica, Rádio Cidade (RJ), Mix FM e Energia 97 (ambas de SP).

8. Odeiam o passado. O primeiro contato que eles agora têm com o passado é através do revival dos anos 80. No entanto, fora o Rock Brasil, tudo o que eles relembram da década de 80 corresponde unicamente a referenciais da infância ou da cultura trash. Nenhuma menção existe sobre a redemocratização do Brasil, que em 1985 saiu do já cansativo regime militar.

10. Não costumam ter autocrítica. Quando muito, percebem os erros quando é tarde demais. Ficam felizes com suas vidas alienadas porque são muito jovens e acham que, com as técnicas e dietas de preservação da aparência divulgadas na mídia, serão jovens a vida inteira (e olha que muitos deles descuidam da saúde, bebendo até cair no chão e cheirando coca ou fumando maconha). Mas um dia ficarão bem mais velhos do que imaginam e, se tiverem uma vida longa (o que, pelos excessos, é muito difícil), sentirão melancolia por sua vida vazia, que perderá o sentido com o aparecimento das primeiras rugas e do desaparecimento da cor nos fios de cabelo.


NOTAS:

(*) Se fosse Chapolin, aquele herói brega do mesmo comediante mexicano de Chaves (SBT), para essa juventude alienada seria bem melhor, adequado à vocação brega e trash que tem a "galera" (note as aspas dessa gíria).

(**) E eles tentam escrever blogs falando sobre o que não sabem, com um português errado, com ranços de mirquês (tipo dizer "vc q sb" quando uma pessoa racional diria "você que sabe"), etc.. Não gostam de ler, mas ainda se sentem ofendidos quando alguém diz que tais "repolhos" não são inteligentes. "Como não, seu imbecil? Eu vou com a galera toda pra praia, na maior balada, com esportes radicais e tudo, sacou?", é o que provavelmente diria uma "erva daninha" (o tal "repolho") dessas.

(***) E nem The Who, Rolling Stones, Deep Purple, Led Zeppelin, AC/DC, e daqui a algum tempo nem Ramones, nem The Clash, nem Smiths, nem Iron Maiden, nem The Police, nem sequer Legião Urbana. Cortesia dos "repolhos" que por sinal ouvem a rádio dos mesmos patrões de Lula Branco Martins, a Rádio Cidade, uma das rádios mais ridículas, arrogantes e conservadoras do país, sintonizável em 102,9 mhz do Rio de Janeiro e na Internet pelo endereço http://www.radiocidade.fm.

(****) Isso descontando besteiras aberrantes tipo "e aí galera, blz?" (blz="beleza"), "vamu pra balada?", "show de bola, mermão", "essa é déiz" , “nó veio, tem muita treta pra te contá”, e outras "pérolas" do colóquio oficial da repolhagem "radical".

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